domingo, 9 de dezembro de 2007

TOTIPOTENTE

Prenúncio de existência:
Sempre reluzente, ofuscante.
Nuvens negras ao longe.
Opções desesperadas de um irresponsável,
Nada mais.

E o que era tudo
Nada foi:
Fosco, tosco, apagado.
Destino de uma experiência caótica.
Não se cumpriu.

Resta abraçar a escuridão,
Escolher a derradeira sombra.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Blame

A insônia, mais uma vez, se torna rotina.
Que fazer agora, que o futuro brilhante se desvelou num passado de frustração?
Será tarde demais?
Pagamos um preço por desprezar os efeitos do tempo.
Um dia, cedo ou tarde, assumimos nossa responsabilidade.
Não adianta mais culpar o desconcerto do mundo.
Será tarde demais?
Enganamos a nós mesmos. Nós é que somos injustos com o mundo.

Blog!

Blog não se faz para si mesmo. Para isso temos cadernos, diários, papéis que trancamos sob chave.
Esse blog foi criado para expressar visões de mundo, compartilhá-las, oferecer ao mundo a possibilidade de um eco.
O estranho é que, ao tentar usá-lo tal como proposto, logo me peguei em ferrenha auto crítica: o primeiro texto - "excessivamente piegas"; o segundo - "folhetim de auto-ajuda"; a terceira tentativa - "baboseira pueril".
Comparei, olhei por aí, no mundo dos blogs... Como conseguem os outros? Alguns autores eu conheço, são normais, são amigos até... Não seria eu capaz de algo semelhante?
Surgiu aí a idéia desse pequeno post metalingüístico: assim, conseguiria ser sincero.
Será, contudo, que o mundo permite essa sinceridade? Eis que a dúvida me voltou à cabeça. Talvez revelar vicissitudes seja demais. Melhor mostrar-me grande, seguro, feliz e confiante... Se quiserem me conhecer, que me procurem de verdade, não por aqui!
Pra quê, então, criar o Blog?...
Querem saber, chega de discussão: que siga o texto cru, assim mesmo. "Estou farto de semi-deuses"! Será assim mesmo meu primeiro post: indeciso como o autor.
Basta agora não divulgar pra ninguém o endereço...